sexta-feira, 22 de maio de 2009

confissão

Não penso no rosto dela, ou em seu corpo, nem na imagem dela que guardo na mente. Ela representa algo mais, suas atitudes e comportamentos, sua voz...
Estar apaixonado é uma merda. Porem, ainda não sei do que posso chamar isso. Gosto dela. A admiro, a desejo, quero ela, preciso dela. Mas o que mais insiste em permanecer em meus pensamentos não são suas qualidades e beleza que aos meus olhos são ampliados, deixando obvio sentimentos que cultivo por ela, nem sua voz que permanece por horas após a ligação. O que mais penso é no fim. Ouço a mesma voz que estava ao telefone dizendo um não, que não vai perdurar por horas, e sim, por um tempo que não sei determinar ao certo. Vejo as qualidades que tanto admiro nela, se chocando contra mim, nada rude, não vai ser essa sua intenção, e sim duas palavras:  just friend.
Uma amiga? Claro que a vejo assim. Mas não me guio somente por esse sentimento. Para eu estar escrevendo isso é obvio que tenho um conjunto de sentimentos bem distintos por ela. Não a vejo só como amiga, sinto algo a mais, quero algo a mais. Querer algo a mais... isso é um gesto de total egoísmo meu. Eu sei. Mas pela primeira vez, não me envergonho disso.

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